sexta-feira, 29 de abril de 2011

Ano internacional das florestas, 2011





Ano Internacional das Florestas

Ano Internacional das Florestas, 2011
International Year of Forests, 2011
Año Internacional de los Bosques, 2011



Celebrando as Florestas para os Povos
A 83ª Reunião Plenária das Nações Unidas declarou, em sua Resolução 61/193, de 20 de dezembro de 2006, o ano de 2011 como o Ano Internacional das Florestas com a finalidade maior de chamar a atenção para o manejo sustentável, a conservação e o desenvolvimento sustentável de todos os tipos de florestas existentes.
O Fórum sobre Florestas das Nações Unidas (United Nations Forum on Forests - UNFF)
O tema "Florestas" tem sido uma prioridade das agendas políticas e da política internacional nos últimos 15 anos. Em 1992, durante a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, a "Rio 92", o tema esteve entre os mais controversos, polarizando de uma lado países em desenvolvimento e do outro, países desenvolvidos. Intensas negociações entre governos levaram aoNon-legally Binding Authoritative Statement of Principles for a Global Consensus on the Management, Conservation and Sustainable Development of all Types of Forests, também conhecido como Princípios sobre Florestas, também como o Capítulo 11 da Agenda 21 Global.
Progresso significativo fora feito desde a "ECO92". Na última década, o foco principal nas Nações Unidas tem sido desenvolver políticas coerentes que promovam o manejo, a conservação e o desenvolvimento sustentável de todos os tipos florestais. O Painel Intergovernamental sobre Florestas (Intergovernmental Panel on Forests - IPF), de 1995-1997, e o Fórum Intergovernamental sobre Florestas (Intergovernmental Forum on Forests - IFF), de 1997-2000, ambos sob os auspícios da Comissão das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, foram os principais fóruns para o desenvolvimento da política florestal internacional. Uma Força-Tarefa Interagências sobre Florestas (Interagency Task Force on Forests - ITFF) foi formada em julho de 1995 para coordenar a participação de organizações internacionais no processo político internacional.
Em outubro de 2000, o Conselho Econômico e Social das Nações Unidas (Economic and Social Council - ECOSOC), em sua Resolução 2000/35 criou o Fórum sobre Florestas das Nações Unidas (United Nations Forum on Forests - UNFF), um corpo subsidiário cujo objetivo é o de promover "... o manejo, a conservação e o desenvolvimento sustentável de todos os tipos de florestas e reforçar, a longo prazo, os compromissos políticos para este fim..." baseado na Declaração do Rio, nos Princípios sobre Florestas, no Capítulo 11 da Agenda 21 Global e nos produtos dos Processos IPF/IFF, além de outros avanços importantes da política florestal internacional.
O Fórum possui afiliação universal e é composto por todos os Estados membros das Nações Unidas e agências especializadas. O Brasil é membro da ONU desde 1945, sendo o Ponto Focal no Itamaraty, assessorado principalmente pelo Departamento de Florestas e pelo Serviço Florestal Brasileiro no MMA, além do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Após intensas negociações, a Sétima Sessão do UNFF adotou a diretriz "Instrumento Não Obrigatório sobre Todos os Tipos de Florestas" (Non-Legally Binding Instrument on All Type of Forest - NLBI), em 28 de abril de 2007. Este instrumento é considerado um marco, porque pela primeira vez os Estados membros concordaram a respeito de um instrumento internacional para o manejo florestal sustentável. A expectativa é que o instrumento tenha uma impacto maior na cooperação internacional e nas ações nacionais para a redução do desmatamento, prevenir a degradação de áreas florestais, promover estilos de vida sustentáveis e a redução da pobreza nos povos e comunidades que dependem das florestas. O NLBI foi adotado pela Assembleia Geral da ONU em dezembro de 2007.
A UNFF é dirigida por um escritório e atendida por um secretariado compacto.
Objetivos Globais para as Florestas
Em 2006, em sua sexta sessão, o UNFF, concordou com quatro Objetivos Globais para as Florestas, promovendo uma diretriz clara sobre o trabalho futuro das negociações internacionais sobre o tema. São estes:
·         Reverter a perda de cobertura vegetal no mundo inteiro via o manejo florestal sustentável (MFS), inclusive com proteção, recuperação, reflorestamento, além de um esforço maior para prevenir a degradação de áreas florestais;
·         Melhorar os benefícios econômicos, sociais e ambientais baseados nas florestas, incluindo a melhora das condições dos povos dependentes das florestas;
·         Aumento significativo da área de florestas em manejo sustentável, inclusive de florestas protegidas e aumento da proporção de produtos derivados de florestas que passaram por manejo sustentável; e
·         Reverter o declínio de assistência oficial ao desenvolvimento do manejo florestal sustentável e mobilizar um número novo e significativamente maior e adicional de recursos financeiros de todas as fontes disponíveis para a implementação do MFS.
Próxima Sessão da UNFF
24 de janeiro à 04 de fevereiro de 2011
Nona Sessão UNFF / Lançamento do Ano Internacional das Florestas 2011
UNFF Secretariat
UNHQ, New York
O Departamento de Florestas do MMA estará acompanhando a delegação brasileira no evento, assessorando a formulação dos entendimentos e dos processos políticos internacionais inerentes aos temas florestais. Além disso, também viabiliza a participação de diversos atores através de seus próprios fóruns, como a Comissão Nacional de Florestas - CONAFLOR.
Visite o site do Ano Internacional das Florestas: http://www.anodafloresta.com.br
Fale conosco: florestas@mma.gov.br

ANGICO, A ÁRVORE.

Denominam-se de angicos, várias espécies de leguminosas-mimosoídeas de folhas miúdas, frutos alongados do tipo vagem ou legume (não confundir com legumes da alimentação), com sementes redondas e achatadas. Assim, temos o angico-rajado (Parapiptadenia rigida), o angico-branco (Anadenanthera colubrina), o angico-do-cerrado (Anadenanthera falcata), o angico-vermelho (Anadenanthera macrocarpa), entre outras espécies próximas. Elas são nativas da América tropical, principalmente do Brasil e também são exploradas e/ou cultivadas devido à boa qualidade da sua madeira.Normalmente são árvores de médio a grande porte, comuns em capoeiras ou na colonização de áreas abertas, no inverno perdendo totalmente as folhas. A espécie mais comum em nossa região é o angico-branco (Anadenanthera colubrina), encontrando-se boa parte das árvores em intensa florada entre novembro e janeiro. Suas flores diminutas são agrupadas em pequenos "pompons" brancos, por sua vez agrupados em cachos grandes, revestindo de branco as copas verdes. Possui tronco acinzentado, tortuoso e alto, com copa ampla de folhagem rarefeita, no total chegando aos 20-25 metros.










Também comum em nossa região temos o angico-vermelho, que brota com as primeiras chuvas de setembro, em seguida sendo coberto por numerosas inflorescências cremes globosas, muito procuradas pelas abelhas, assim como o angico-branco. Sua casca é rica em taninos sendo já amplamente utilizada em curtumes. Sua resina (goma) possui aplicações medicinais e industriais. Sua casca amarga pode ser antidesintérica e útil na cura de úlceras. É expectorante energético e com várias aplicações medicinais. A tintura obtida de suas folhas é eficaz em golpes e comoções cerebrais. Possui madeira dura a pesada utilizável na construção naval e civil, dormentes de estradas de ferro, marcenaria, carpintaria, assoalhos e tetos, lenha e carvão. Sendo rústicos e adaptados à terrenos secos, são recomendados para recuperação ambiental, crescendo muito bem em solos pobres e degradados, podendo ser útil ainda na arborização urbana e no paisagismo.





quinta-feira, 28 de abril de 2011

Dilma vai vetar pontos polêmicos do Código Florestal, diz Minc

Ao se reunir hoje (28/04) com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, o secretário estadual do Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Minc, que também é ex-ministro da pasta, assegurou que a presidente Dilma Rousseff vetará as mudanças propostas ao novo Código Florestal que preveem o afrouxamento de regras de proteção ambiental e anistia a crimes ambientais.
Minc falou sobre o resultado do encontro com a ministra em seu discurso na manifestação de hoje, nas escadarias da Assembléia Legislativa (Alerj), contra as mudanças do Código Florestal sugeridas pela bancada ruralista no Congresso Nacional e encampadas pelo projeto de lei relatado pelo deputado federal Aldo Rebelo (PC do B/SP).
Segundo Minc, Dilma já havia oficializado esse compromisso pelo meio ambiente durante o segundo turno das eleições presidenciais, no ano passado.
“Naquela ocasião, Dilma Rousseff assinou dois importantes compromissos: nas mudanças propostas ao Código Florestal, ela vetaria a anistia para desmatadores e a redução de áreas de proteção permanente (APPs)", lembrou Minc. "Estive reunido hoje em um café da manhã com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e ela me garantiu que a presidente vai honrar com esse compromisso”.
Cerca de 300 pessoas participaram do ato pelo Código Florestal promovido pela Rede de ONGs da Mata Atlântica. Vários ambientalistas e estudantes, em meio a faixas e cartazes, protestaram contra o projeto de lei de alteração da legislação ambiental. Segundo Minc, as propostas de alteração da bancada ruralista representam "um retrocesso para o país".
“O café da manhã, que também contou com as presenças do governador Sérgio Cabral e do prefeito do Rio, Eduardo Paes, teve como objetivo discutir os temas da Rio+20, que acontecerá em junho do ano que vem", completou Minc. "É inadmissível que um país que vai reunir chefes de estado de todo o mundo para discutir sustentabilidade permita reduzir suas áreas protegidas e anistiar criminosos ambientais.  O Código Florestal existe há 50 anos e  ninguém cumpre. O que se deveria discutir é a criação de mecanismos que determinem o cumprimento da  lei”..
Entre as mudanças propostas ao novo Código Florestal, do relator Aldo Rebelo, se incluem a redução de 30 metros para 7,5 metros da área mínima de preservação ambiental às margens dos rios, isenção a pequenos produtores rurais de cumprir os percentuais de reserva legal e anistia a produtores rurais que desmataram até julho de 2008.


Fonte: http://www.jb.com.br/pais/noticias/2011/04/28/dilma-vai-vetar-pontos-polemicos-do-codigo-florestal-diz-minc/




Postado por Felipe Bruno

Matança. autor: Xangai



Cipó caboclo tá subindo na virola,

Chegou a hora do pinheiro balançar,
Sentir o cheiro do mato, da imburana,
Descansar, morrer de sono na sombra da barriguda;

De nada vale tanto esforço do meu canto,
Pra nosso espanto tanta mata ah, já vão matar,
Tal mata atlântica e a próxima amazônica,
Arvoredos seculares impossível replantar;

Que triste sina teve o cedro nosso primo,
Desde menino que eu nem gosto de falar,
Depois de tanto sofrimento seu destino,
Virou tamborete, mesa, cadeira, balcão de bar;

Quem por acaso ouviu falar da sucupira,
Parece até mentira que o jacarandá
Antes de virar poltrona, porta, armário,
Mora no dicionário, vida-eterna, milenar;

Quem hoje é vivo corre perigo
E os inimigos do verde, da sombra o ar,
Que se respira,
E a clorofila das matas virgens
Destruídas vão lembrar
Que quando chegar a hora
É certo que não demora,
Não chame Nossa Senhora
Só quem pode nos salvar;

É caviúna, cerejeira, baraúna,
Imbuia, pau-d'arco, solva,
Juazeiro, jatobá...
Gonçalo-alves, paraíba, itaúba,
Louro, ipê, paracaúba,
Peroba, massaranduba;
Carvalho, mogno, canela, imbuzeiro,
Catuaba, janaúba, arueira, araribá;
Pau-ferro, angico, amargoso, gameleira,
Andiroba, copaíba, pau-brasil, jequitibá.

Quem hoje é vivo corre perigo...... 

Colaboração de Leôncio Pereira Fernandes/NATAL-RN